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quarta-feira, 21 de julho de 2010

O QUE PREOCUPA É O SILÊNCIO DOS BONS

De tanto ver triunfar as nulidades; de tanto ver prosperar a desonra, de tanto ver crescer a injustiça. De tanto ver agigantarem-se os poderes nas mãos dos maus, o homem chega a desanimar-se da virtude, a rir-se da honra e a ter vergonha de ser honesto.
Rui Barbosa

Rui Barbosa, (jurista, político e famoso orador brasileiro) pareceu profético, quando em 1914, enunciou a frase acima. Em nossa sociedade atual, vemos tantas injustiças que “parecem” contradizer a justiça divina. Neste estado de coisas nos vemos tentados em nossa fé, no futuro, nas pessoas e na providência divina. Nossa persistência no bem, nossa honestidade e a capacidade de superarmos os desafios sofrem um verdadeiro teste diário.
A Doutrina Espírita nos esclarece que a Terra é um planeta de provas e expiações, e, portanto, tais dificuldades, empecilhos e a influência “negativa” do meio sobre nós representam uma prova e/ou uma expiação para cada um de nós. Estamos na terra para exercitar na prática nossa fé, paciência, persistência e resignação, fazendo uma verdadeira musculação moral, exercitando os músculos de nossas virtudes.
Neste contexto, o que mais preocupa não é a existência em si dos sofrimentos, desgraças e desvios morais em nosso mundo, que representam apenas o reflexo de nosso estágio evolutivo, o que preocupa sim, é a omissão daqueles que já se alinharam, ou buscam se alinhar, nas fileiras do bem. Martim Luther King traduziu perfeitamente esta preocupação em sua célebre frase: "O que me preocupa não é o grito dos violentos, nem dos corruptos, nem dos desonestos, nem dos sem ética. O que mais me preocupa é o silêncio dos bons."
A resposta da espiritualidade superior na questão 642 do Livro dos Espíritos nos deixa bem claro que para agradar a Deus, não nos basta não fazer o mal, mas fazer todo o bem possível, na medida em que responderemos por todo mal que tenha ocorrido por nossa omissão no bem. Não nos cabe a indignação improdutiva com os fatos, o desanimo destruidor das boas iniciativas, a crítica aos fatos sem a proposta de alternativas mais dignas. Porquê repetitivamente assitir aos noticiários desagradáveis, ler às notícias tristes e ficar alimentando um estado de ânimo deprimido. Não quer dizer que devamos nos alienar aos fatos, mas que aprendamos a sair daquele estado em que ficamos ruminando os aspectos negativos dos fatos durante tanto tempo que esquecemos de olhar para o lado para enxergar o que há de bom, e assim percamos as oportunidades de fazer o bem que nos é possível.
A resposta da espiritualidade à questão 932 do Livro dos Espíritos, transcrita abaixo, representa para nós ao mesmo tempo um puxão de orelhas à inércia dos bons e um estímulo na medida que nos afirma que basta a vontade firme para que o bem prepondere.

Questão 932 - Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
Resposta: – Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes, os bons são tímidos. Quando estes quiserem, preponderarão.