Endereço: Rua Padre Cacique, nº 647, Canela/RS
Exposições Doutrinárias Públicas: às terças-feiras às 20:00 horas e sábados às 16:00 horas.
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Sociedade civil de direito privado, de caráter religioso, científico, filosófico, educacional, cultural e de ação social, sem fins lucrativos e de Utilidade Pública Municipal (Decreto 3.093/2002). Fundada em 22/09/1962 e registrada em cartório em 03/11/1962,filiada à FERGS e integrante da UME Taquara e do CRE2.

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terça-feira, 26 de julho de 2011

Ídolos e exemplos

A ÚLTIMA CARTA
Um amoroso pai de família, dias antes de ser hospitalizado, enviou, pela Internet, uma carta a seus filhos, com a seguinte mensagem: “Filhos amados. Quando as coisas estiverem difíceis, abram bem os olhos e busquem o céu. Vejam como é imenso. Olhem a natureza e percebam como ela é incrivelmente linda, em cada detalhe. Olhem as cidades, seus prédios, os carros, e notem tudo o que a vontade do homem já foi capaz de produzir. Sintam que cada um de vocês faz parte da criação de Deus. Que cada um integra a própria natureza. E que cada um também tem de construir e de alterar um pouco de sua própria cidade. Percebam que vocês, aqui e agora, fazem parte de uma sociedade que constrói um mundo novo. Apesar da sensação de pequenez diante da grandeza do universo, e embora, por vezes, vocês se sintam sozinhos e sem forças, na verdade, cada um é importante e necessário na sinfonia da vida. O amor e a alegria de vocês produzem uma energia única, capaz de transformar o meio em que vivem e as pessoas que os cercam. Cada um pode levar mais luz ao caminho que palmilha, por intermédio de seu sorriso e de seu trabalho. E assim, pode iluminar outras vidas e enternecer outros seres. Não esperem que o mundo, que os outros façam algo por vocês. Respirem fundo e pensem: ‘o que eu posso fazer pelo mundo?’ O que posso fazer pelos outros? Nunca esqueçam que cada um colhe aquilo que plantou. Que os espinhos que hoje nos ferem as mãos são o resultado de uma semeadura equivocada do passado, próximo ou não. Se desejam uma estrada ladeada de flores, é preciso que elas sejam semeadas desde agora, por cada um de vocês. Acreditem: Deus está presente em tudo e em toda parte. Um dia a própria ciência humana, ainda tão limitada, será capaz de admitir e de comprovar essa valiosa verdade.” Embora seu corpo físico não tenha resistido à doença que subitamente o atingiu, as palavras de amor e de fé daquele pai ainda ecoam no coração daqueles que o amam. Foi sua última carta. Uma mensagem estimulando seus amores ao caminho do bem, na direção do Criador. *** A fragilidade de nossa existência corpórea não nos permite ter certeza de que nossos olhos se abrirão na próxima manhã. Não sabemos quando será o nosso momento de partir para o outro plano da vida. Talvez ele tarde, talvez não. Quem sabe se as palavras que dissemos há pouco não foram as últimas desta existência? Como saber se o “até logo” com que nos despedimos de nossos amores, minutos atrás, não foi o último adeus que esta vida nos ofereceu? Por isso, despeça-se sempre com palavras de carinho e de otimismo. Aproveite todas as oportunidades que tiver para transmitir mensagens positivas a quem quer que seja. Dê bons exemplos e seja coerente em suas atitudes. Diga àqueles que lhe são caros, sempre que possível, o quanto os ama e como eles são importantes para você. Um dia, mais cedo ou mais tarde, inevitavelmente, a partida será real e então, as lágrimas serão decorrentes da saudade e não do arrependimento pelas oportunidades desperdiçadas.
Equipe de Redação do Momento Espírita,
baseada na mensagem de Elias Siqueira Saliba a seus filhos.

Contando com o exemplo do texto acima em que um pai deixa como herança para seus filhos, o seu exemplo, sua herança moral e nesta semana em que muito se noticiou a morte da famosa cantora britânica Amy Winnehouse, é válida uma reflexão a respeito de sua vida e o conceito que a sociedade atribui à palavra homenagem e aos valores e exemplos que divulga.Com todo o respeito, amor e apoio que qualquer irmão de caminhada merece, a Doutrina Espírita nos ensina que ninguém se torna um anjo apenas por que morreu. Depois do desencarne, todos nós continuamos a ser as mesmas pessoas, carregando conosco para o além túmulo, nossas qualidades e defeitos. No caso específico da cantora, a notícia deveria ter sido de pesar pelo ocorrido e um pedido de preces. Sua história foi de um suicídio longo e sistemático baseado em álcool e drogas, ou seja, alguém que não soube edificar sua vida de forma melhor e desperdiçou sua encarnação. Sua voz privilegiada merece nossa admiração e lembrança afetuosa, assim como devemos endereçá-la todo o amor que pudermos sempre desejando sua recuperação e mudança de rumos. Mas a prestação de homenagens e o culto à imagem da cantora de vida conturbada pode soar para a juventude, ainda à procura do seu caminho, como uma apologia a uma conduta de vida equivocada. Cuidemos para não misturar, o irmão necessitado de amor, ajuda e preces, com o talento e a voz digna de admiração, com o exemplo de vida a ser citado como exemplo do que não fazer. São três campos distintos que merecem posturas distintas e equilibradas de nossa parte e muitas vezes as homenagens póstumas carecem do equilíbrio necessário para não passar impressões equivocadas.

segunda-feira, 11 de julho de 2011

O ARADO

“E Jesus lhe disse: Ninguém, que lança mão do arado e olha para trás é apto para o reino de Deus.” — (LUCAS, Cap. 9, V. 62.)
Aqui, vemos Jesus utilizar na edificação do Reino Divino um dos mais belos símbolos. Efetivamente, se desejasse, o Mestre criaria outras imagens.Poderia reportar-se às leis do mundo, aos deveres sociais, aos textos da profecia, mas prefere fixar o ensinamento em bases mais simples. O arado é aparelho de todos os tempos. É pesado, demanda esforço de colaboração entre o homem e a máquina, provoca suor e cuidado e, sobretudo, fere a terra para que produza. Constrói o berço das sementeiras e, à sua passagem, o terreno cede para que a chuva, o sol e os adubos sejam convenientemente aproveitados. É necessário, pois, que o discípulo sincero tome lições com o Divino Cultivador, abraçando-se ao arado da responsabilidade, na luta edificante, sem dele retirar as mãos, de modo a evitar prejuízos graves à “terra de si mesmo”. Meditemos nas oportunidades perdidas, nas chuvas de misericórdia que caíram sobre nós e que se foram sem qualquer aproveitamento para nosso espírito, no sol de amor que nos vem vivifícando há muitos milênios, nos adubos preciosos que temos recusado, por preferirmos a ociosidade e a indiferença. Examinemos tudo isto e reflitamos no símbolo de Jesus. Um arado promete serviço, disciplina, aflição e cansaço; no entanto, não se deve esquecer que, depois dele, chegam semeaduras e colheitas, pães no prato e celeiros guarnecidos.

Do livro Pão Nosso – por Emmanuel na psicografia de Chico Xavier

O chamado do mestre nos chama a atenção para as responsabilidades assumidas em nosso cotidiano, não somente em termos religiosos no seu sentido estrito, mas num sentido espiritualmente mais amplo. Relembra-nos que nossa missão é de evolução e de crescimento, e que esta missão só é passível de ser cumprir quando entendemos e assumimos nossos deveres frente a nós mesmos e ao nosso próximo. Há um ditado popular que diz que “Deus move o céu inteiro naquilo que o ser humano é incapaz de fazer. Mas não move uma palha naquilo que a capacidade humana pode resolver”. O fundo de verdade por trás deste ditado está no fato que somos co-criadores na obra divina e que temos, portanto, nossa parcela de colaboração na ordem geral das coisas, portanto, assumamos o nosso arado e sigamos adiante sem hesitações e sem olhar para trás.